Autônomo ou MEI e Sem Patrão, Mas Com Imposto: Como Declarar o IR 2025 Sem Errar

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Ser autônomo no Brasil é um exercício diário de liberdade e desafio. Você escolhe seus horários, seus clientes e o ritmo do seu trabalho.

Mas, junto com essa autonomia, vem uma responsabilidade que muita gente prefere evitar: a declaração do Imposto de Renda.

E se você é autônomo em 2025, saiba: sim, você precisa declarar — e pode fazer isso sem medo e sem erro.

Este artigo é um guia completo, com linguagem clara, para te ajudar a entender:

  • Quando o autônomo é obrigado a declarar;
  • Como preencher corretamente;
  • Como não cair na malha fina;
  • E por que isso tudo pode te proteger e até ajudar no futuro.

Vamos nessa, com respeito e clareza.

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Por Que o Autônomo ou MEI Precisa Declarar?

Ser autônomo não significa estar “fora do radar” da Receita Federal.

Na verdade, quanto mais informal é o seu controle de rendimentos, mais importante é declarar corretamente para evitar multas, bloqueios e prejuízos maiores.

Você é considerado obrigado a declarar o IRPF 2025 se, em 2024:

  • Teve rendimento tributável acima de R$ 30.639,90;
  • Recebeu rendimentos isentos acima de R$ 200 mil;
  • Teve bens superiores a R$ 800 mil;
  • Obteve ganhos com venda de imóveis ou investimentos;
  • Realizou operações em bolsa de valores.

Se você fez freelas, prestou serviços como autônomo, emitiu RPA (Recibo de Pagamento a Autônomo) ou recebeu diretamente via Pix, transferência ou dinheiro, isso entra como rendimento tributável.


O Que A Receita Espera Que Você Declare?

Tudo que você ganhou e que não foi retido na fonte (como acontece com quem tem carteira assinada) precisa ser informado.

Exemplos comuns:

  • Serviços prestados a empresas e pessoas físicas;
  • Atendimentos como terapeuta, designer, consultor, professor particular;
  • Comissões recebidas como corretor autônomo;
  • Ganhos com conteúdo digital, sem CNPJ;
  • Rendas de plataformas como iFood, Uber, Hotmart, AdSense, etc.

Como Declarar Seus Rendimentos Como Autônomo ou MEI?

Se você é autônomo e recebe de pessoas físicas, o caminho correto é usar o Carnê-Leão.

O que é o Carnê-Leão?

É um sistema da Receita Federal onde o contribuinte declara seus rendimentos mês a mês, calcula o imposto devido e, se for o caso, gera o DARF para pagamento.

Desde 2021, tudo é feito online, no portal e-CAC.

Passo a passo básico:

  1. Acesse o portal e-CAC;
  2. Clique em “Meu Imposto de Renda” → “Acessar Carnê-Leão”;
  3. Lance mês a mês seus ganhos;
  4. O sistema calcula automaticamente o imposto devido;
  5. Gere o DARF (caso haja imposto a pagar);
  6. No final do ano, importe os dados para sua declaração anual (DIRPF).

Esse processo é obrigatório para quem recebe de pessoas físicas ou do exterior.


E Se Eu Recebi de Pessoa Jurídica?

Nesse caso, o IR pode já ter sido retido na fonte. Você deve solicitar à empresa o informe de rendimentos e incluir isso na sua declaração anual como rendimento tributável.

Não deixe de conferir se os valores batem com o que você efetivamente recebeu.


Quais Despesas o Autônomo ou MEI Pode Deduzir?

Uma das vantagens de ser autônomo e usar o Carnê-Leão é que você pode deduzir despesas diretamente relacionadas ao exercício da atividade.

Exemplos de despesas dedutíveis:

  • Aluguel de sala/comercial;
  • Contas de luz, água e internet usadas para o trabalho;
  • Compra de materiais e ferramentas;
  • Pagamento de assistente ou secretária;
  • Contribuição para o INSS (inclusive como contribuinte individual);
  • Plano de saúde.

É essencial guardar comprovantes. Eles podem ser exigidos se sua declaração cair na malha fina.


E o INSS? Também Precisa Contribuir?

Sim. O autônomo precisa contribuir como contribuinte individual do INSS. Isso não é opcional — é uma obrigação e também uma forma de garantir aposentadoria, auxílio-doença, salário-maternidade e outros direitos.

Como pagar?

  • Através do código 1007 na GPS (Guia da Previdência Social);
  • Ou pelo app MEU INSS ou Gov.br.

O valor mínimo corresponde a 20% sobre um salário mínimo (ou sobre o que você efetivamente ganha, limitado ao teto).


Malha Fina: O Maior Medo de Quem É Autônomo ou MEI

É comum que autônomos deixem de declarar por medo ou por acharem que a Receita nunca vai descobrir. Só que o cruzamento de dados está cada vez mais sofisticado.

Bancos, plataformas digitais, operadoras de cartão e até contas de pagamento (como PicPay e Mercado Pago) compartilham dados com a Receita Federal.

Se seus gastos forem maiores que seus ganhos declarados, você pode ser convocado a explicar. Se ficar comprovada omissão de rendimentos, há risco de multa e autuação.


Benefícios de Declarar Corretamente

  • CPF limpo e regular;
  • Facilidade para financiamentos e crédito;
  • Comprovação de renda para aluguel, viagens, vistos, concursos e muito mais;
  • Possibilidade de restituição do imposto pago.

E o mais importante: você ganha tranquilidade fiscal, dorme em paz e cuida da sua vida como profissional com segurança.


Organize-se e Fique em Dia

Dicas rápidas para não errar:

  • Use o Carnê-Leão todos os meses;
  • Registre suas receitas e despesas;
  • Use uma planilha simples ou apps de gestão financeira;
  • Guarde todos os comprovantes;
  • Faça sua declaração com tempo — não deixe para maio;
  • Se tiver dúvidas, procure um contador com experiência em profissionais autônomos.

Conclusão

Ser autônomo é um estilo de vida. Você não tem patrão, mas tem compromissos — e o IR é um deles. Com organização, informação e, se necessário, ajuda especializada, você consegue declarar sem medo e transformar uma obrigação em uma prova de maturidade financeira.

Não espere pela malha fina para entender a importância disso.


Quer declarar seu IR com alguém que te acolhe, orienta e respeita seu tempo?
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Vamos declarar sem medo — e com leveza.

Até a próxima leitura…
Ana Paula Poschi
Contadora, Perita Contábil e Perita Imobiliária.

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